TEMPO PERDIDO
Havia um tempo de cadeira na calçada. Era um tempo em
que havia mais estrelas. Tempo em que as crianças brincavam sob a clarabóia da
lua. E o cachorro da casa era um grande personagem. E também o relógio da
parede! Ele não media o tempo simplesmente: ele meditava o tempo.
CRÔNICA
Ah, essas pequenas coisas, tão quotidianas, tão
prosaicas às vezes, de que se compõe meticulosamente a tessitura de um
poema...talvez a poesia não passe de um gênero de crônica, apenas uma espécie
de crônica da eternidade.
FRUSTRAÇÃO
Outono: essas folhas que tombam na água parada dos
tanques e não podem sair viajando pelas correntezas do mundo.
Mario Quintana
Nenhum comentário:
Postar um comentário